Futuro da Internet

Como Tornar a Internet Acessível

South African Coins
South African Coins by Paul Saad on flickr 2014 (CC-BY-NC-SA)
Solana Larsen
Written by Solana Larsen

Languages: Inglês, Francês

A newsletter da Web We Want dá destaque a um assunto importante a cada semana e diz o que é preciso saber em 3 minutos ou menos. 


O Que Está A Acontecer?

Talvez tomemos a Internet como algo garantido, no entanto mais da metade do planeta ainda não está online. Apesar do número de telefones existentes, o custo da Internet é um grande obstáculo. Na Nigéria, os dados necessários para ver só 2 minutos de vídeo online por dia pode custar mais que ter uma criança na escola por um mês. Então qual é a saída?

Internet muito lenta ou muito cara? Veja o que pode ser feito.
Seria mais cabos? Empresas de telefonia menos gananciosas? Na verdade não é sexy, mas um dos melhores indicadores para que os preços de Internet caiam em um país é que o governo possua uma boa estratégia de banda larga. Diversos são os factores que influenciam preços acessíveis, portanto um plano de longo prazo apoiado por um presidente ou um ministro influente torna-se crucial.

Para diminuir os preços, governos podem investir em infraestrutura (ou firmar parcerias); podem promover competição justa no setor de telecomunicações e podem baixar os impostos sobre computadores e telefones, que frequentemente são proibitivos de tão altos. Se eles combinarem essas medidas com o apoio para pontos de acesso público à Internet e com capacitação digital para mulheres e moradores de zonas rurais, poderão realmente impulsionar as pessoas para o online.

Embora sejam muitos os desafios, como pobreza, analfabetismo e electricidade questionável, a boa notícia é que possível tornar online a maioria de um país uma vez que o preço mensal básico de plano de dados fique em torno de 2% da média da renda nacional, segundo um relatório recente. A má notícia é que, na atual velocidade de mudança, apenas 16% da população dos países menos desenvolvidos do mundo estarão conectadas até 2020 — e esse é o prazo estabelecido na ONU para alcançar acesso universal à Internet, conforme os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Quem Está Fazendo Algo a Respeito?

Podemos ter quatro bilhões de pessoas online em 4 anos? O fosso digital é sentido particularmente pelas mulheres. Take Back the Tech, World Pulse, Ghana KACE e a African Technology Foundation, todas coordenam boas iniciativas para se ter mais mulheres e meninas online.

Para que o acesso à Internet se traduza em crescimento económico, são necessários tanto computadores como telefones, pois as pessoas precisam criar e partilhar conteúdo, além de consumi-lo. Cansados dos altos preços pagos por uma Internet lenta, em 2015 a população do Mali marchou na campanha #100MegaMali.

A Aliança por uma Internet Acessível (A4AI, do nome em inglês), vinculada à World Wide Web Foundation, a Comissão de Banda Larga das Nações Unidas e a Internet Society conduzem pesquisas sobre as condições globais de Internet, oferecem consultoria para políticas e acompanham quais países têm tomado as melhores e as piores medidas.

A A4AI listou a Colômbia e a Costa Rica no topo este ano, entre os países em desenvolvimento que mais trabalham para garantir Internet de alta velocidade mais acessível por meio de boas políticas.

O Que Eu Posso Fazer?

  • Procure conhecer as políticas de seu país para TICs e banda larga de Internet. Se houver audiências e consultas públicas, envolva-se. Defenda atenção especial às mulheres!
  • Pesquisas sobre Internet são valiosas para os elaboradores de políticas públicas. Alguém no seu país trabalha com isso? Tweet o trabalho deles para as autoridades.
  • Ajude-nos a ter pessoas online. Explore as possibilidades (e o financiamento) para criar redes públicas ou comunitárias de WiFi no seu local de moradia ou trabalho.
  • Doe computadores e telefones usados a pessoas que não têm condições de comprá-los. Aprenda a consertar equipamentos tecnológicos com a comunidade do Restart Project.
  • Acompanhe a Semana de Acção FAST África (1-7 de Maio) e junte-se à campanha pan-Africana por Internet mais rápida e mais acessível para todos.

About the author

Solana Larsen

Solana Larsen

Solana Larsen is co-author of the cookbook "Recipes for a Digital Revolution". She writes a newsletter for Web We Want and helped create this website. Formerly, she was the managing editor of Global Voices Online. Solana is a Danish-Puerto Rican journalist and digital activist.

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