A newsletter da Web We Want dá destaque a um assunto importante a cada semana e diz o que é preciso saber em 3 minutos ou menos.
O Que Está A Acontecer?
Talvez tomemos a Internet como algo garantido, no entanto mais da metade do planeta ainda não está online. Apesar do número de telefones existentes, o custo da Internet é um grande obstáculo. Na Nigéria, os dados necessários para ver só 2 minutos de vídeo online por dia pode custar mais que ter uma criança na escola por um mês. Então qual é a saída?
Para diminuir os preços, governos podem investir em infraestrutura (ou firmar parcerias); podem promover competição justa no setor de telecomunicações e podem baixar os impostos sobre computadores e telefones, que frequentemente são proibitivos de tão altos. Se eles combinarem essas medidas com o apoio para pontos de acesso público à Internet e com capacitação digital para mulheres e moradores de zonas rurais, poderão realmente impulsionar as pessoas para o online.
Embora sejam muitos os desafios, como pobreza, analfabetismo e electricidade questionável, a boa notícia é que possível tornar online a maioria de um país uma vez que o preço mensal básico de plano de dados fique em torno de 2% da média da renda nacional, segundo um relatório recente. A má notícia é que, na atual velocidade de mudança, apenas 16% da população dos países menos desenvolvidos do mundo estarão conectadas até 2020 — e esse é o prazo estabelecido na ONU para alcançar acesso universal à Internet, conforme os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Quem Está Fazendo Algo a Respeito?
Podemos ter quatro bilhões de pessoas online em 4 anos? O fosso digital é sentido particularmente pelas mulheres. Take Back the Tech, World Pulse, Ghana KACE e a African Technology Foundation, todas coordenam boas iniciativas para se ter mais mulheres e meninas online.
Para que o acesso à Internet se traduza em crescimento económico, são necessários tanto computadores como telefones, pois as pessoas precisam criar e partilhar conteúdo, além de consumi-lo. Cansados dos altos preços pagos por uma Internet lenta, em 2015 a população do Mali marchou na campanha #100MegaMali.
A Aliança por uma Internet Acessível (A4AI, do nome em inglês), vinculada à World Wide Web Foundation, a Comissão de Banda Larga das Nações Unidas e a Internet Society conduzem pesquisas sobre as condições globais de Internet, oferecem consultoria para políticas e acompanham quais países têm tomado as melhores e as piores medidas.
A A4AI listou a Colômbia e a Costa Rica no topo este ano, entre os países em desenvolvimento que mais trabalham para garantir Internet de alta velocidade mais acessível por meio de boas políticas.
O Que Eu Posso Fazer?
- Procure conhecer as políticas de seu país para TICs e banda larga de Internet. Se houver audiências e consultas públicas, envolva-se. Defenda atenção especial às mulheres!
- Pesquisas sobre Internet são valiosas para os elaboradores de políticas públicas. Alguém no seu país trabalha com isso? Tweet o trabalho deles para as autoridades.
- Ajude-nos a ter pessoas online. Explore as possibilidades (e o financiamento) para criar redes públicas ou comunitárias de WiFi no seu local de moradia ou trabalho.
- Doe computadores e telefones usados a pessoas que não têm condições de comprá-los. Aprenda a consertar equipamentos tecnológicos com a comunidade do Restart Project.
- Acompanhe a Semana de Acção FAST África (1-7 de Maio) e junte-se à campanha pan-Africana por Internet mais rápida e mais acessível para todos.
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